quarta-feira, 1 de outubro de 2008
A Escrita e a Leitura no Hipertexto e Hipermídia
A vivência pedagógica requer uma ação que incentive uso do hipertexto e da hipermídia, elas são as formas atuais de se escrever e ler. As escolas devem se adequar a esta nova maneira de ensinar, pois a tela e o teclado com grande certeza vêm entrando em cena e modificando a maneira tradicional de estudar. Por isso o desafio é imenso, mudar a mentalidade se faz urgente, pois se continuarmos na lousa e no giz o trem da história passa.
ESTUDANTE DIGITAL
Escrever na Internet, uma nova possibilidade para aprendizagem
A Rede de computadores tem dado uma nova vida aos seus utilizadores, ela possibilita inúmeras situações que são promotoras de crescimento e desenvolvimento do alunos independente da sua faixa etária. A linguagem monótona dos livros e revistas agora está sendo modificados em hipertextos com links e diferentes formas de leituras e composição de textos, agora encontramos além dos links, músicas, ilustrações, apresentações e outros que dão uma dinamicidade congruente com a mídia utilizada.
As fontes de informação são inúmeras e dinâmicas. Com a internet as mudanças de ver e perceber o texto são diversas, agora não são somente visuais, mas também sonoros, quando você passa o mouse e clica percebemos uma revolução do ato de ler, uma nova forma de se ler e de ensinar também. Isso favorece o raciocínio melhor e critico do aluno diante dessas novas fórmulas, entendemos que novas e melhores possibilidades, pois os alunos de hoje tem acessos fáceis a tecnologia e isso faz parte de seu cotidiano, por isso a escola, professores e alunos precisam estar preparados para a produção neste espaço e nesse novo paradigma, quer seja de forma individual ou de maneira colaborativa, isso pode ser feito de maneira bem simples através de um blog ou weblog.
Duas questões devem ser motivo de preocupação entre os educadores, elas estão relacionadas às questões de acessibilidade e intensidade das produções e ações ligadas à tecnologia, pois tanto o acesso como a rapidez das informações podem gerar erros na questão reflexiva e na ortografia. Primeiramente é necessário haver uma imersão no mundo do internetês, que é a linguagem usada pelos jovens que navegam para se expressarem de forma mais rápidas através dos programas de comunicação instantânea, blogs e sites de relacionamentos, essa linguagem pode viciar os alunos a escrever errado e se despreocuparem coma ortografia, isso seria uma decréscimo as questões ligadas ao ensino da escrita, por isso deve-se fomentar ações para saber onde e como usar esse tipo de linguagem para não se observar um distanciamento da escrita correta.
Uma realidade na escrita na internet é a colaboração entre os usuários, há uma troca constante de textos, figuras, fotos e outras mídias, isso cria uma rede de cooperação que favorece uma interação e um conjunto coletivo para um esforço comum. Por exemplo, num blog pode-se ter uma postagem e vários comentários sobre um determinado assunto que podem ser acrescidos de reflexões pertinentes que intensificam a discussão e melhoram a compreensão do assunto debatido. Esse tipo de escrita é mais coerente com o contexto, pois ela mostra que o homem está interligado, está conectado. Esse trabalho colaborativo nos blogs educativos pode interagir com várias pessoas de diversas regiões do país. Assim há produtividade e melhor proveito da internet e das novas tecnologias diante da aprendizagem dos alunos tecnológicos, promovendo ações significativas à escrita será mais prazerosa, evitando as ações de individualismo e de apenas reprodução.
Por Carnondantas
Referências:
FRANCISCO, Valdeni. http://www.vivenciapedagogica.com.br/node/548. Acessado em 30/09/08.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Um trem, alunos e lembranças
Um trem desgovernado não tem freio, direção e nem domínio. É como um trem desgovernado um aluno que não quer estudar, ele está nos trilhos da educação, vem para sala de aula, mas não tem freio, direção e nem domínio.
As conversas são ocas, as mentes ociosos, os vagões sem carga ou passageiros, parecem que nem importam-se se chegam ou não ao destino final. O ócio acadêmico proporcionado por uma total falta de interesse próprio prejudica o processo na sala de aula. É evidente o quanto alguns querem algo mais e outros não estão sem qualquer ânimo, essa viagem é um descarrilhar de inóspitas conjecturas infantes.
Pensar dói. Escrever é um sacrifício. Verbalizar é até fácil, mas ouvir o som de lata vazia é cruel.
O que fazer agora? Qual atitude tomar diante da periclitante geração do ócio traspassa o irreal/virtual para o cotidiano? A pós-modernidade trouxe o fast-tudo, tudo é fácil, tudo é rápido, tudo é absorvido sem criticidade. Como ser professor eficaz em meio a tudo isso?
É preciso romper a cultura do meu, o império do light (fácil, leve, informal e sem importância) essa cultura mata por inanição, asfixia por monóxido de carbono ignóbil. A presença do espírito pós-moderno que anestesiou os sonhos e utopias mata a memória e os princípios norteadores da sociedade. Tudo pode, tudo cabe, tudo tem seu público. O lema é: No Stress, é isso mesmo, relaxe e deixe viver. Faltam referências mais significativas capazes de atrair o jovem para fora de si e refletir sobre a vida.
Educação é princípio. Então princípios neles. Os princípios básicos da vida relacionados na consciência coletiva preponderantes na sociedade são: Amor, respeito, responsabilidade e honestidade.
Acho que estou meio azedo, mas ainda vejo esperança em meio a um estômago ácido por causa da refeição de menosprezo pelo saber. Mas acendo minha fé militante, de apostar pela vida, de colocar-me a serviço da dinâmica da existência humana.
Preocupado, mas confiante que ainda vai restar algo depois de esquecermos do que nos foi ensinado.
carnondantas
EDUCAÇÃO NA IDADE MÍDIA: A RECONFIGURAÇÃO DA ESCOLA NO ESPAÇO URBANO
Na sociedade em que vivemos, é visível o poder e a influencia da
mídia e seus veículos, analisando a questão educação, surgem alguns
questionamentos ? porquê a educação hoje não ocupa o mesmo espaço de
destaque que a mídia?, será que a nidia é mesmo um produto de elite e
não pode ser usado pela educação ?
.Como podemos aproveitar os formatos emergentes de mídias interativas
para aperfeiçoar o processo de aprendizagem?
A divulgação do conhecimento científico na mídia faz com que o
cidadão comum, seja ele criança, jovem ou adulto, tome contato cada
vez mais freqüente com o mundo da ciência, sem se dar conta do papel
estratégico que ela ocupa nas sociedades modernas.
O mais grave, porém, face à utilização da mídia na sala de aula, é a
reprodução
desse conhecimento veiculado pelos jornais, revistas, rádio, televisão
e Internet, sem uma visão crítica do processo de produção da ciência,
tecnologia e inovação. Troca-se, assim, a experimentação, a pesquisa
para a construção do conhecimento pela representação da informação
científica construída culturalmente pela mídia, em detrimento do
aprendizado cidadão.
"A circulação da informação desmistificada, analisada, interpretada,
tem o poder de acabar com o fetiche da mercadoria, da religião do
consumo. A relação com os meios de comunicação não pode se dar de
maneira unívoca. No mundo da informação rápida, fragmentária, a ilusão
do conhecimento provoca uma busca desenfreada por notícias que,
veiculadas de forma apressada, pasteurizada, descontextualizada,
prometem soluções rápidas para os problemas que afligem a humanidade"
(CALDAS, 2003:76).
"Aprender a aprender", ensinava Paulo Freire. "Saber pensar",
complementa Pedro Demo. Como, porém, "aprender a aprender" e "saber
pensar"? Os caminhos são inúmeros. Entretanto, todos eles, não
importam os atalhos ou percursos realizados, o fundamental é manter a
curiosidade pelo conhecimento, ensinar a fazer perguntas, a pensar, a
desenvolver argumentos, sejam eles contrários ou favoráveis ao tema em
estudo. Nessa perspectiva, o jornalismo deve contribuir além da
divulgação.
Outra possibilidade pouco explorada pelos professores , apesar da
utilização dos meios de comunicação na Educação ser hoje uma realidade
incontestável, são as ferramentas da comunicação para o aprendizado.
Ainda são embrionários os projetos que usam essas ferramentas como
meio. Não se trata, obviamente, de refletir sobre o uso das
tecnologias da comunicação na sala de aula, mas da utilização criativa
dos recursos e procedimentos da produção da notícia para o processo de
aprendizado.
Trata-se, portanto, não só de dar voz aos excluídos, garantindo assim
o acesso aos meios de comunicação, como principalmente garantir, no
caso do conhecimento, o compartilhamento do saber para um aprendizado
cidadão. Ao possibilitar a alfabetização científica de crianças e
jovens com o uso dos recursos tecnológicos da comunicação, é possível
usar a Educação para a promoção da cidadania. Não se trata apenas de
ensinar os conceitos das diferentes áreas, necessários na educação
formal, mas usar na educação informal os conceitos adquiridos na
escola e reconstruí-los, em formato jornalístico, para uma reflexão
dos conteúdos.
Como explica Freinet, a imprensa é um dos recursos mais ricos e
produtivos no processo de construção da narrativa, momento em que a
criança pode explicar a experiência vivida. Desta forma, pode ser
usada para a construção do conhecimento científica de forma lúdica e
cooperativa.E continua:
Com base na percepção das crianças de que o aprendizado da ciência
deve ser pela experimentação, pesquisa, brincadeira, e na filosofia e
postura de vários educadores como Freire, Demo, Freinet, que ressaltam
a importância do fazer para aprender, é necessário ampliar,
criativamente, as ferramentas da comunicação e suas múltiplas
linguagens, numa perspectiva educativa, criando jornais, revistas,
programas de rádio, TV ou Internet.
Aprender ciência fazendo ciência e reescrevendo ciência, utilizando
para isto diferentes linguagens, recursos e suportes da Comunicação,
seja imprensa (jornal, revista) ou eletrônico (rádio, TV e Internet).
Possibilitar que as crianças e jovens usem as técnicas narrativas
"emprestadas" do Jornalismo como forma de apreensão do mundo da
ciência, seus feitos, suas contradições é uma forma criativa e
estimulante de aprendizado. Aprendizado da ciência real e não a
ciência idealizada.
Assim podemos ver que a tecnologia existe,porem a educação como vem
sendo feito ao longo da historia, não desenvolve a tecnologia para uso
de sua necessidade e sim se apossa das tecnologia desenvolvidas por
outros setores da sociedade e utiliza a serviço de sua rotina.
Abraço
Paulo Negrao - comunicador e pedagogo.